Luciane tem no olhar um brilho inaugural. Cativante. Intrigante.
Inquieta e conversadeira, é capaz de nos envolver em suas vivências ao nos contar, seja sobre a mochila perdida e reencontrada (como vocês vão ver aqui), seja sobre um menino que voltou a acreditar em si mesmo (como em seu primeiro livro).
Ensinou seus filhos a amar os amigos, porque ela é assim: fiel, amorável, compradeira de briga, visitadeira de hospitais (foi me levar cartas de seus alunos quando fiquei hospitalizada em 2012). Onde estiver a amiga, o amigo, lá estará ela, estendendo seu melhor afeto.
Luciane tem a infância bordada em seus olhos verdes e suas palavras coralinas, ricas de empatia e amor. Vida em caixa alta e negrito.
Conhecê-la é um privilégio. Um inquietante privilégio.
Um dia, depois de ler um de seus escritos, eu lhe disse: “Você precisa publicar, Lu!”. Ela nunca tinha olhado para si mesma como escritora, como a cronista explicitada naquele texto. Insisti. Ela demorou um pouquinho para o primeiro mergulho, mas quando decidiu mergulhar, ah, para nossa sorte ela virou sereia!
E agora nos brinda com a terceira, eu disse TERCEIRA, terceira obra composta por narrativas que nos emocionam, estimulam e deixam com desejo de ler mais e mais.
Hoje a Lu me chama de fada-madrinha. Eu amo, porque isso nos aproxima: madrinha e afilhada. Irmãs em palavras e poesias. Professoras que também são autoras. Autoras de suas vivências compartilhadas com outras que, quem sabe, desejem também se tornar adoráveis Maluquinhas e afilhadas de Lu!
Agora, sem mais delongas, vamos à leitura!!
Hellenice Ferreira
Setembro de 2022